CIGANA SARITA
Sarita é uma cigana jovem, de origem espanhola e que gosta de roupas coloridas, mas suas cores preferidas são o verde, o vermelho e o amarelo.
Não dispensa suas castanholas nem o pandeiro com fitas coloridas penduradas.
Quando Sarita incorpora, coloca imediatamente argolas grandes e douradas, porque ela afirma que suas argolas são o equilíbrio mental das pessoas com quem com ela trabalha.
Sarita tem muitos segredos, que poucas pessoas conhecem.
Uma característica marcante das pessoas que incorporam esta cigana está relacionada com o amor.
Normalmente, são pessoas que vivem vários relacionamentos amorosos, mas que não tem muita sorte no amor.
São também pessoas muito sensíveis, do tipo “com os nervos à flor da pele”.
Quem incorpora Sarita, e quem não incorpora mas tem esta cigana na aura, não pode esquecer de colocar uma oferenda para ela, pelo menos duas vezes no ano.
Era morena, de cabelos e olhos pretos.
Usava os cabelos presos em uma trança que caía pelo lado esquerdo do pescoço, indo até a cintura, e que tinha as pontas enfeitadas com fitas finas coloridas.
Usava os cabelos presos em uma trança que caía pelo lado esquerdo do pescoço, indo até a cintura, e que tinha as pontas enfeitadas com fitas finas coloridas.
SUAS ROUPAS
Sarita usava blusa vermelha, curta, com mangas bufantes.
Na cintura levava uma faixa de várias cores.
A saia era feita até a metade com pano estampado; o resto era de pano liso amarelo, montado em babados cujas barras eram recortadas em bicos.
SEUS ADEREÇOS
Ela usava na cabeça um lenço estampado, predominando o amarelo-ouro; em dias de festa punha em cima do lenço uma tiara de flores vermelhas.
No pescoço ela trazia muitos colares de pedras em várias cores, predominando a vermelha.
Nas orelhas usava grande argolas de ouro; no dedo indicador da mão direita, um anel de ouro com um rubi e no mesmo dedo da mão esquerda, um anel de ouro com um topázio amarelo.
SUA MAGIA
Para unir um casal com filhos que se separou a cigana Sarita costumava fazer o seguinte: em um pote de barro com tampa ela colocava água de rio e triturava a semente do timbó-mirim (ou anileira verdadeira), produzindo uma água azulada (também se pode utilizar anilina azul para confeitos).
Nessa água ela colocava um papel com o pedido para juntar o casal, adicionava açúcar e um punhado da erva amor-agarradinho e, então, tampava o pote.
Em seguida, acendia duas velas amarelas em cima da tampa e dizia:
“Junte estas pessoas novamente, Santa Sara, pois eles tem (dizia o número de filhos) filhos que não pediram para vir ao mundo.”
Ela repetia esse pedido por sete dias seguidos.
Depois, enterrava o pote próximo de uma arvore frondosa e frutífera.
Depois, enterrava o pote próximo de uma arvore frondosa e frutífera.
A fruta da sua preferência era maçã vermelha, e a fase da lua era a cheia
Espanha! Terra de sonho, sol, flores e músicas, das roupas coloridas do meu povo.
Um príncipe saía escondido do castelo vestindo roupas de plebeu.
Ele queria estar entre os ciganos e assim o fez.
Juntou-se aos ciganos e começou a dançar ao som da música e da alegria desse povo.
Nesta hora, passou a cigana Zaira e disse:
_Vamos dançar.
Ao passar perto dos vinhos, pegou uma caneca para ela e outra para ele.
O príncipe, que naquela hora era um plebeu, disse que, ali, até o vinho comum lhe parecia infinitamente melhor do que o da sua adega.
Zaira rodopiava, mergulhada na musica.
Nos braços dele, seu corpo jovem e belo parecia ter asas e em seu rosto havia satisfação.
Olhando-a, o principe falou:
_Como te chamas, cigana bela?
-Sou Zaira- disse-lhe ela. – E tu como te chamas?
_ meu nome é Sol.
Ela alisou-lhe o rosto com suavidade e disse:
_Não és cigano, quem és? -
Não sou cigano, sou um pobre-coitado.
Ela riu e disse: – Não nos deixaremos mais.
Virás conosco; se não és ninguém, podes ser cigano.
Ele sorriu, pensando:” se eu pudesse”! Mas, por que não? Talves fosse possivel ficar uns tempos com eles; seria fascinante.
A esta altura, ele não se conteve. levou-a para um lugar deserto e, no campo ermo, á luz das estrelas e da Lua, amaram-se loucamente.
Os encontros dos dois foram muitos, até que um dia ela disse: Iremos levantar acampamento amanhã.
Mas ele não poderia ir.
A cigana continuou: – Tu és fidalgo, mas te quero assim mesmo. Vem conosco.
Mas ele disse: – Nada vou te esconder de minha parte.
Eu sou o príncipe herdeiro do trono.
Esquece-me, pois não podemos mais estar juntos – E foi-se afastando.
Zaira olhou para o céu e disse: -
Isto é para que eu aprenda que as ciganas não podem se casar com gajões.
O tempo passou.
Viajando daqui para lá, depois de nove meses, Zaira deu a luz uma menina e veio a falecer.
Viajando daqui para lá, depois de nove meses, Zaira deu a luz uma menina e veio a falecer.
Essa menina se chamou Zaina e um cigano tomou-a sob sua proteção.
Existe o relato sobre a Zaina e tambem sobre sua filha Zanair. Que apresentaremos em outra pagina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário