sexta-feira, 29 de julho de 2011

A RESPEITO DO ESPÍRITO DA PALAVRA


Na Bíblia está escrito: “No princípio era o Verbo. Todas as coisas foram feitas por ele”. Isso se refere à ação do espírito da palavra. Começarei explicando o significado fundamental dessa expressão.
A palavra, naturalmente, é constituída e emitida pela ação da voz, da língua, dos lábios e do maxilar inferior, mas a origem dessa emissão, não resta dúvida, é o pensamento, que se manifesta em forma de palavras. O pensamento é a manifestação da vontade. Suponhamos que surja no homem alguma vontade. Para manifestá-la através de palavras, o pensamento entra em ação. Naturalmente, na ação do pensamento ocorre o discernimento do correto e do incorreto, do bem e do mal, do sucesso e do insucesso, etc. O conjunto disso é a inteligência, e sua manifestação é o espírito da palavra; a materialização do espírito da palavra é a ação. Baseados nesse princípio, não estaremos equivocados se dissermos que existem três níveis: pensamento, espírito da palavra e ação. Assim, o pensamento está ligado ao Mundo Espiritual; o espírito da palavra, ao Mundo do Espírito da Palavra; a ação, ao Mundo Material. Isto é, o espírito da palavra fica entre o oculto e o manifesto. Pode-se dizer que ele é mediador entre o pensamento e a ação. Através disso, poderão compreender quão importante é o seu papel.
O espírito da palavra é semelhante a uma marionete: a manifestação da alma ou do espírito fica à sua mercê. Irritar as pessoas ou fazê-las rir, preocupá-las ou tranqüilizá-las, entristecê-las ou alegrá-las, provocar conflitos ou paz, obter sucesso ou insucesso, tudo depende do espírito da palavra. Usá-lo de forma leviana é muito perigoso.
Por outro lado, apenas manejar habilmente o espírito da palavra, não passaria de uma simples técnica. A pessoa se assemelharia a um humorista, comediante ou comentarista. Se na base do espírito da palavra não houver força para a manifestação de um grande poder, não há qualquer sentido. Mas, tratando-se de força, existe a benigna e a maligna. Ou seja, o espírito das palavras malignas constitui pecado, e o espírito das palavras benignas constitui virtude. Assim, o homem deve se esforçar para usar o espírito das palavras benignas. Nestas, evidentemente, o fundamental é o “makoto”, que se origina de Deus. Portanto, não há outro recurso senão reconhecer a existência de Deus. Se a pessoa não for religiosa, não conseguirá manifestar o verdadeiro makoto, e por isso não se manifestará a força benigna no espírito da palavra.
1950
 Meishu-Sama

Nenhum comentário:

Postar um comentário