Brahma Cakra (designação coletiva para saincara e pratisaincara) não há uniformidade de fluxo. A velocidade da força sutil é muito maior do que a velocidade da força mutatória; e a força mutatória tem muito mais velocidade do que a força estática. Assim, no começo de saincara a velocidade é maior. Da mesma forma, depois de o indivíduo se elevar, sob a influência da força sutil, ou após alcançar samanya deha (estágio além de hiranmaya kosa, no qual a mente individual experimenta somente a força sutil), a velocidade é muito maior.
A velocidade da mente individual excede em alto grau o fluxo normal do Cosmo, e fica acelerada ainda mais quando a mente individual se dedica às práticas espirituais, com o intuito de atingir a Consciência Nuclear.
Desde o início da criação, os seres humanos têm aspirado por essa união com a Consciência Nuclear. A velocidade disforme transforma o movimento da mente individual numa força elíptica, e o movimento passa a ser oval em vez de circular. Aqueles que aspiram a Purus'ottama como meta, unem-se a Ele, porém, aqueles que almejam moksa, quando a sádhana constitui a entrega completa do eu a Nirgun'a Brahma, a Consciência Não-Objetivada, se liberam desse Brahma Cakra através de um ponto tangencial. Esse ponto tangencial é a morada de Táraka Brahma (Aquele que habita nos domínios de Nirgun'a Brahma e Sagun'a Brahma). Táraka Brahma é um conceito de Tantra.
No Tantra, toda a criação é conhecida como sambhúti. Quando Taraka Brahma, por Sua própria vontade, recorre à ajuda dos cinco fatores fundamentais (os paincabhutas), Sua entidade física surge dentro dos domínios de Sagun'a Brahma, e quando isto não ocorre Ele é Nirgun'a Brahma. De acordo com o Tantra, quando Táraka Brahma recorre ao auxílio dos cinco fatores fundamentais, Ele é chamado de Mahásambhúti dessa Entidade.
Na sádhana de Tantra ou na sádhana da Ananda Marga, aquele que tem Purus'ottama como meta, une-se a Sagun'a, e quem almeja a Nirgun'a Brahma, deixa-se mergulhar na Entidade Sem Objeto. Somente em Tantra é que a sádhana de Taraka Brahma é particularmente definida e distinta das sádhanas de Nirgun'a e Sagun'a Brahma e tem sua própria particularidade. Teoricamente falando, Sagun'a Brahma tem infinitos sam'skaras, e assim, por um tempo infinito, Sagun'a Brahma continuará a usufruir dos frutos de Suas próprias ações passadas. Nirgun'a é a Entidade Sem Objeto, sem nenhuma ação ou derivação. Porém, Táraka Brahma está no ponto tangencial entre os dois e pode preencher a função de ambos. Ele guia, ama e beneficia Seus afetuosos filhos e filhas. Seus filhos e filhas dizem que Ele não pode viver sem amá-los, dirigindo-se a Ele da seguinte forma: "Ó Grande Pai! Afetuosa Mãe! Nosso Tudo! Lembramo-nos de Vós e Vos adoramos." "Ó Entidade Testemunhal! Nós Vos prestamos homenagem, Vós sois o único refúgio neste oceano de matéria densa, assim, entregamo-nos a Vós." Esta entrega total é o bem supremo (summum bonum) de toda a sádhana espiritual que leva a Ele, ao estágio onde não se pode nem imaginar o declínio. Abençoado é aquele que realmente consegue fazer entrega total a Ele, como uma pedra de sal que tenta medir a profundidade do oceano -- porém, devido a um súbito impulso da atração divina, essa porção de sal se dissolve não se sabe onde.
(Táraka Brahma não é uma personagem puramente filosófica -- é uma criação do sentimento devocional." P.R. SARKAR (IDÉIA E IDEOLOGIA - 1959)
Ensinamento de Meishu Sama
CICLOS CÓSMICOS
O homem vive num ilimitado e misterioso mas ordenado Universo, que evolui e reevolui em ciclos. Um ciclo é um período de tempo durante o qual certos aspectos ou movimentos de corpos celestes se realizam e ao fim do qual irão ser repetidos em novo ciclo – um período de anos ou idades – no qual certos fenômenos ocorrem, os quais, por sua vez, se inter-relacionam com toda a vida. Há ciclos do dia e da noite. Existem também, os ciclos das idades.
As mudanças ocorrem em pequena, média e ampla escala. Ciclos menores ou maiores podem ocorrer a cada dez, mil, três mil, dez mil anos e assim por diante, repetindo-se continuamente dentro da eterna marcha do tempo.
- Existe um tempo para meditar com Deus e descobrir o que Ele deseja que você manifeste,
- Existe um tempo para que Deus nos prepare para manifestar Sua vontade, e
- Existe um tempo para cumprir e manifestar esta vontade divina.
CICLOS CÓSMICOS (PEQUENA DESCRIÇÃO)
Os Ciclos Cósmicos são os ensinamentos que podem ajudar você a compreender a vontade de Deus em sua vida. Estes ensinamentos são de grande importância; são como um mapa para a felicidade humana. Um mapa que nos leva a compreender o que as hostes de Deus esperam de nós, passo a passo, dia a dia, ano a ano, ciclo a ciclo.
MAS SOMENTE ATRAVÉS DE CURSOS É POSSÍVEL MAIORES ESCLARECIMENTOS!
1. A ORIGEM DO UNIVERSO
1.1 Brahman
(PARAM BRAHMA, PARABRAHMA)
O Brahman é infinito, o universo que é a criação do Brahman também é infinito e um dia se dissolve no Brahman. O resultado da soma e dedução do infinito de infinito sempre é infinito.
O único onipotente, onipresente, onisciente, infinito, além do espaço e do tempo é o Brahman. Ele não tem atributos como a forma, a magnitude e as qualidades (Nirguna, Nirakar) e esta além do tempo, do espaço e da imaginação por isso não pode ser descrito com palavras.
Se todos os oceanos servissem de tinteiro, as montanhas de tinta, o galho da árvore divina como caneta e a terra como papel, a própria Saraswati (a deusa da sabedoria) escrevendo o tempo todo, ainda não conseguiria escrever suas qualidades.
A palavra raiz "brih" significa crescer, aumentar ou expandir e "an" significa produzir então Brahman é o começo que expande e se torna o universo inteiro
Brahman é o absoluto, supremo, impessoal, infinito, eterno, a fonte pré-cósmica da divindade, a causa de todas as causas, sem começo e sem fim, do qual todo emana e ao qual todo retorna. Ele não se manifesta mas está presente no maior corpo celestial e em também na indivisível partícula em todo animado e não-animado. Ele é a razão da consciência e da substancia.
Na literatura védica o Parabrahm é chamado de "tat" – aquele e tudo que é manifesto é chamado de "idam" – este. A palavra Brahman mais se aproxima da palavra absoluto. Existe uma diferença entre "Brahman" e "Parabrahma" – além do Brahman, então tudo aquilo que é além do absoluto é Parabrahma. Dentro do nosso propósito, no momento nos podemos desconsiderar esta sutil diferença, assim podendo trocar os nomes com segurança.
Conforme os textos hindus não existe um conceito de começoou de fim do universo. Se assim fosse teria uma data marcada para o começo e outra para o fim do universo. Os textos dizem que o universo segue um processo contínuo de expansão e retração. Assim, quando o ciclo começa, o universo começa existir, expande, no fim da expansão começa retrair e se dissolve para começar tudo de novo. A duração deste ciclo é de 311,04 trilhões de anos que está além da nossa imaginação por isso para assimilar melhor trataremos o presente ciclo como único.
Antes da criação do universo só existia o Brahman na forma não-manifesta e mais nada, nem espaço e tempo, nem sóis e planetas. Por vontade própria, ele se manifestou e sua energia operativa entrou em ação começando o ciclo da expansão. Na opinião de pesquisadores contemporâneos este momento corresponde ao momento de grande explosão do "Big Bang" – a mais recente teoria sobre a criação do universo aceita no Ocidente. Esta teoria é bastante conhecida no Ocidente, por isso, pode ser usada para melhor compreensão do assunto, porque não é conflitante com o tema, mas sim complementar, oferecendo subsídios interessantes quando se trata de valores metafísicos.
Em sânscrito, o fenômeno Big Bang chama-se Bindu Visphot, traduzindo literalmente, explosão do ponto.
1.2 BINDU VISPHOT - O BIG BANG
Nesse momento, liberou-se enorme quantidade de energia radioativa e vibratória e começaram existir espaço e tempo. A dinâmica da energia radioativa tinha uma forma típica que foi denominada na mitologia indiana como "Swastica" e a energia vibratória foi simbolizada pelo "Om". Esses símbolos são usados para o bem estar e prosperidade e podem ser vistos distintamente em todas as cerimonias auspiciosas.
Assim, começou mais um ciclo de expansão e retração, que não foi o primeiro nem será o último. Após o fim do ciclo da expansão haverá retração, quando o universo se dissolverá no Brahman para regenerar de novo.
A evolução do universo acontece em 14 fases, que são chamadas de Manvantaras, cada uma com a duração de 4,32 bilhões de anos. Esse período corresponde a um Kalpa ou um dia do Brahma. A vida do universo é 100 anos ou 36000 dias do Brahma. Um Manvantar é constituído de 71 ciclos menores – Mahayuga, 4,32 milhões de anos, mais um período de inatividade de 25,92 milhões de anos formam um Manvantar e no fim de cada ciclo existe uma devastação parcial.
A primeira fase da evolução, chamada de Svyambhoo Manvantar, foi precedida por uma longa noite de energias radiativas e vibratórias. Não havia céu, nem terra, nem luz, nem escuridão, nada além de absoluto silêncio.
Essa noite foi seguida por um amanhecer com nevoeiro, que formou um grande disco nebular e giratório, dando origem as primeiras galáxias. Isso aconteceu automaticamente, sem uma razão ostensiva, por isso essa fase chama-se Svyambhoo – "aquele que nasceu por si."
O segundo Manvantar foi Svarochisha que significa próprio brilho. Nesse estágio, começaram a se formar os objetos com a própria energia, emitindo luz como nossa estrela, o sol.
Durante o terceiro Manvantar – Uttama, o melhor, o sol que tinha brilho próprio e grande fonte de energia, atingiu a melhor forma e temperatura para criar e manter sua família de planetas.
A expansão do universo não pára por aí e com o tempo, o planeta terra foi abençoado para oferecer condições de gerar várias formas de vida.
Há várias teorias sobre a evolução do universo mas, a mais aceita, no mundo ocidental e entre os cientistas, é a teoria do "Big Bang". Ela se assemelha com a teoria que foi proposta pelos sábios indianos nos tempos antigos, quando não haviam equipamentos de medição, computadores e telescópios, mas os sábios tinham desenvolvido outros sentidos e métodos de conhecimento. A proposta acima é uma tentativa de conciliação entre os dois pontos de vistas.
Conforme a opinião dos cientistas, a base de tudo que existe no universo, desde as galáxias, as estrelas, os sóis, até o ser humano, a formiga ou a menor partícula existente, é o hidrogênio e helium, que foi criado nos primeiros 100 segundos após o Big Bang. Assim, todas as formas de matéria, que nos vemos no universo e inclusive no nosso planeta, são meramente diferentes aspectos desses elementos e isto não nos exclui.
A teoria do Big Bang é fundamentada somente nos valores metafísicos mas os hindus associam a evolução do universo com valores metafísicos e espirituais. Assim, para eles, a manifestação do Brahman resultou na criação da "trindade divina".
Adi Shakti (a energia primordial) através de seus três principais aspectos – a trindade divina, rege o universo.
o Criação por Brahma
o Preservação por Vishnu
o Transmutação por Shiva
Fundamentalmente os três são unos e interdependentes, isto é, um não pode existir sem o outro, porque são as diferentes formas da mesma energia inicial. O mais importante é entender os atributos, não as formas ou figuras que foram criadas posteriormente pela imaginação humana.
A "Trindade Divina" é o fundamento do hinduísmo, todas as outras divindades e deidades são uma ou outra forma aliadas a ela, por exemplo, Saraswati – deusa da sabedoria é esposa do Brahma; Laxmi – a deusa da riqueza é a esposa do Vishnu; Ganesh é o filho de Shiva; Rama e Krishna são encarnações de Vishnu.
ADI SHAKTI
TRINDADE DIVINA - BRAHMA, VISHNU, SHIVA
1.3 BRAHMA - O CRIADOR
O Brahma – o primeiro da trindade divina, deu o primeiro impulso na criação do universo. Tudo que observamos, através dos nossos sentidos, é obra dele. Cosmologicamente ele é Hiranya Garbha – o ovo dourado, a bola de fogo, a partir da qual o universo se desenvolve.
Conforme a mitologia, na forma personificada ele tem quatro cabeças representando o controle sobre o tempo (quatro yugas) e espaço universal, a moringa na mão – água da vida, o símbolo da fertilidade e criação; na outra mão, os quatro Vedas, simbolizando o conhecimento e a consciência.
O tempo de duração da vida do Brahma, inclusive da trindade, é idêntico ao ciclo do universo. Durante esse período, são provocadas varias devastações parciais, que são denominadas como as noites do Brahma e ao acordar, ele começa o próximo ciclo de vida.
1.4 VISHNU - O PRESERVADOR
Vishnu, vem da palavra raiz "vis" – entrar, penetrar, difundir, e é assim, que ele sustenta e preserva o universo, integrando-se a sociedade. Ele se manifestou na terra através de suas nove encarnações, demostrando para a humanidade a moral e como viver em harmonia cósmica. Rama, Krishna e Buddha são consideradas suas três últimas aparições na terra.
Nas imagens personificadas, ele aparece com quatro maõs carregando a concha – energias vibratórias, o disco – chakra – o tempo, gada – o terror dos maus, o lótus – amor e fertilidade. Também, aparece deitado nas profundas águas em cima da serpente, demostrando a serenidade, a calma, o ambiente a doméstico, felicidade e o domínio sobre tempo.
1.5 SHIVA O TRANSMUTADOR
O terceiro aspecto do Trimúrty – trindade divina, é o Shiva, cuja função é de destruição, como popularmente é conhecido mas o termo apropriado deve ser regeneração ou transmutação, porque quando as reformas não proporcionam resultados satisfatórios, o velho deve ser derrubado para dar espaço a um novo. Shiva, como regenerador, evita e elimina doenças e como transmutador, eleva o ser aos níveis superiores de consciência. Foi através dele que os sábios receberam o conhecimento do yoga.
Na sua personificação, ele é descrito nas várias formas, principalmente sentado na posição de yogi, emanando paz e tranqüilidade. Os três olhos representam passado, presente e futuro; a lua crescente, na cabeça, indica o tempo medido pelas fases da lua; a serpente, na garganta, o tempo em ciclos e a imortalidade espiritual; a garganta dele é azul, por tomar o veneno para bem da humanidade; o Ganges, saindo da cabeleira significa a água da vida; o damroo (pequeno tambor), indica energias vibratórias e o tridente é o terror dos maus elementos.
1.6 OS CICLOS DO TEMPO
Os menores ciclos
60 Tatparas = 1 Paras
60 Paras = 1 Vilipta
60 Vilipta = 1 Lipta
60 Lipta = 1 Vighatika
60 Vighatika = 1 Ghatika
60 Ghatika = 1 Dia
Um dia (24 horas) = 86.400 Segundos = 46.656.000.000 Tatparas
1 Segundo = 540.000 Tatparas
Os maiores ciclos
Sat yuga 1.728.000 anos
Treta yuga 1.296.000 anos
Dwapar yuga 864.000 anos
Kali yuga 432.000 anos
Maha yuga 4.320.000 anos
1 Manvantar = 71 Maha yuga = 71 x 4.320.000 = 306.720.000 anos
14 Manvantar = 14 x 306.720.000 = 4.294.080.000 anos
Um Kalpa que é um dia do Brahma é composto de 14 Manvantars ou 1.000 Mahayugas. Antes do primeiro e após cada Manvantar existe um período de 1.728.000 anos denominados Sandhya e Sandhyamsha (junção) respectivamente. Assim dentro de um ciclo de 14 Manvantras existem 15 períodos de Sandhyas.
Um Kalpa = 1 dia do Brahma = 14 Manvantar + 15 Sandhya ( Periodo de Junção)
= 14 x 306.720.000 + 15 x 1.728.000 anos
= 4.294.080.000 + 25.920.000 anos
= 4.320.000.000 anos ou 1.000 Mahayugas
A duração da vida do Brahma é de 100 anos ou 36.000 dias + 36.000 noites.
( O ano vedico esta baseado em ciclo lunar, não solar)
Vida do Brahma = 72.000 x 4.320.000.000 anos = 311.040.000.000.000 anos
Este período é chamado Maha Kalpa que simboliza a exalação do Brahman; durante a inalação o universo volta a se dissolver no Brahman completando um ciclo de expansão e retração.
De acordo com os modernos cálculos astronômicos baseados nos dados das escrituras Vedicas nos estamos no 4o Yuga (Kali yuga) que começou no dia 20 de fevereiro de 3102 a.C., do 28o Maha yuga, do 7o Manvantar (Veivasvat).
Tempo percorrido no presente Kalpa
(Shwet Varah Kalpa) em anos humanos
Duração dos 6 Manvantaras 6 ´ 306.720.000 = 1.840.320.000
7 Periodos de Sandhyas 7 ´ 1.728.000 = 12.096.000
27 Maha yuga 27 ´ 4.320.000 = 116.640.000
Sata yuga = 1.728.000
Treta yuga= 1.296.000
Dwapar yuga = 864.000
Kali yuga até 19/02/1998 3102+1998 = 5.100
Total = 1.972.949.100
1.7 O ESPECTRO ELETROMÁGNETICO
Inferno astral ou Ciclos cósmicos???
O inferno astral já faz parte a crença popular. É definido como o período de tempo que compreende 30 dias antes do seu aniversario. Neste ciclo , é comum atravessarmos momentos ruins. Os Rosacruzes (AMORC) foram os pioneiros nos estudos dos ciclos cósmicos. O Dr. H.Spencer Lews. Ph.D. Fráter Rosacruz, dedicou a pesquisas dos ciclos cósmicos e publicou o Livro Autodomínio e o destino com os ciclos da vida.
Segundo Dr. Spencer, o ciclo anual tem a duração de 365 dias que divididos em sete períodos, de aproximadamente 52 dias, durante os quais certas condições são favoráveis e outras desfavoráveis. Para calcular cada período , conta-se 52 dias de modo sucessivo, apartir do seu aniversario. O ano de nascimento é indiferente neste cálculo. Logo encontrará sete períodos de 52 dias.
O sétimo período, também conhecido como ciclo crítico e destrutivo da vida. Compreende na astrologia tradicional ao que conhecemos com inferno astral, porém aqui, ganha-se mais 22 dias. Segundo o estudo mencionado, é neste ciclo de tempo em que as coisas parecem voltar atrás ou retroceder antes de empreender alguma nova evolução;ou quando começa a demolição para que se possa depois começar uma nova edificação. Há toda uma energia de mudança que envolve este ciclo, por exemplo se um relacionamento afetivo, já passava por crise, neste ciclo a tendência geral para evolução de um rompimento. O mesmo se dão para os assuntos de negócios e trabalho que tendem a fracassar. Com isso , a nossa mente tende a estar mais pessimista, desanimada. Deve-se atentar muito para não agir por impulsos. Entre no link, e saiba mais sobre este ciclo e os demais, como ciclos para saúde, fechamento de bons negócios, viagens longas, casamentos e tantos outros assuntos que você queira uma evolução.
Faça também o seu Mapa Natal com Estudo de Trânsitos e Progressões e aproveite da auspiciosa energia cósmica a seu favor.
CICLOS CÓSMICOS
No dia 21 inicia-se o Solstício de Inverno no Hemisfério Norte, e aqui no Hemisfério Sul, temos o Verão. Vamos estudar um pouco sobre esses ciclos cósmicos. . Monto este texto usando coisas minhas e algumas fontes de consulta tais como Marcia Starck - Astrologia da Mãe Terra - William Bloom - Tempos Sagrados, Mirella Faur - O Anuário da Grande Mãe.Viver xamanicamente é saber aproveitar os ciclos cósmicos e implementar nossas energias, para que a cura possa ocorrer no nível pessoal, interpessoal e planetário. Os ciclos sãos os Equinócios da Primavera e do Outono e os Solstícios de Verão e Inverno. O fogo era venerado por todos os povos primitivos, pois imita a ação do Sol, em sua luz e calor. Nossos ancestrais primitivos usavam o fogo nos Solstícios do Inverno e do Verão, onde o calor do Sol, começa a crescer e a diminuir.Eles estavam em contato permanente com a Terra. Obervavam o Sol, a Lua , as Estrelas, mudanças de estações e as mudanças no meio abiente ao seu redor, os efeitos do clima. Necessitavam conhecer isso para garantir sua sobrevivência. Planejavam suas vidas de acordo com esses ciclos.
Por milhares de anos, nossos ancestrais marcaram as estações pelos festivais. Os festivais mostravam caminhos para a organização da comunidade. Era um momento de festejos, mas o mais importante, era que aprofundavam a ligação das pessoas com o Céu e a Terra. O Sol, a Lua, as Estrelas, as árvores, a colheita e os animais todos eram incluídos na celebração. As pessoas sentiam a ligação com a "Fonte da Vida".
Em relação ao Equador Celeste, o Sol tem um período de afastamento máximo , tanto para o Norte, como para o Sul. Esses pontos maximos são chamados de Solstícios. O de inverno, marca o dia mais curto do ano e o de Verão, o dia mais longo do ano.
Nos Equinócios o Sol está exatamente sobre o Equador, portanto o dia e noite tem a mesma duração. Representam o meio do caminho, a preparação para a mudança. O Equinócio de Primavera o ponto mediando entre o Solstício de Inverno e o Solsticio de Verão, e o Equinócio de Outono, o meio entre o Solsticio de Verão e o Solstício de Inverno.
Richard Heinberg em "Celebrando os Solstícios " explica :
O eixo rotacional da Terra não é perpendicular ao plano de sua órbita ao redor do Sol; é inclinado cerca de 23,1/2 graus. Esta inclinação produz as estações.
Quando o polo Norte gira gradualmente na direção do Sol, é verão no Hemisfério Norte. O Sol está então incidindo por cima da Terra ao meio-dia de forma que seus raios a atingem formando um ângulo que é quase perpendicular. Estes dias são mais longos, e as noites, mais curtas. Entretanto, é inverno no Hemisfério Sul, onde os raios solares são mais oblíquos, os dias curtos, e o Sol está mais perto do horizonte durante todo o dia.
Na figura ao lado, a Terra em relação ao solstícios ( direita e esquerda) equinócios (acima e abaixo). para os observadores que estão no Trópico de Câncer ou no de Capricórnio, o Sol está diretamente em cima,
A palavra "Solstício" vem do latim Sol steti, que significa, literalmente, "*Sol permanece imóvel*".
Em seis meses a situação se reverte: no Hemisfério Sul, os dias serão mais longos, e a Luz Solar intensa, enquando no Hemisfério Norte, chega a estação do recolhimento: o inverno frio e escuro.
Dois dias por ano, um em dezembro e outro em junho, o eixo da terra inclina-se mais diretamente, aproximadao-se mais (ou afastando-se do) Sol do que se inclinará durante o ano. Em 21 de junho, quando o Pólo Norte aponta para o Sol, no hemisfério norte ocorre o dia mais longo e a noite mais curta do ano. É Solstício de Verão. No Hemisfério Sul, este mesmo dia é o Solstício de Inverno.
Seis meses depois, a Terra viajou metade de sua órbita solar. Agora, o Polo Sul está na posição mais distante do Sol do Sol do que qualquer outra época do ano. É Solstício de Inverno na Europa e na América do Norte e Solstício de Verão no Sul da África, na América do Sul, na Austrália e na Nova Zelândia.
O Solstício divide o ano em duas metades : seis meses de Sol mais intenso seguidos por seis meses de Sol menos intenso. Estes dois subciclos constitui um par de opostos complementares, da mesma forma que luz e trevas, calor e frio, positivo e negativo. Povos antigos sabiam que tudo precisava de um oposto ou complemento para ter significado e vitalidade. A interação de princípios complementares promove o movimento e a mudança.
Entretanto, prosegue Heinberg, os pontos de divisão, os limites ou bordas entre complementos são indefinidos. São mágicos e misteriosos, não pertencem a este mundo nem a outro e, consequentemente, servem de portal entre as dimensões, realidades e estados de consciência. Por este motivo os solstícios, como dobra das estações, sempre foram vistos como tempos nos quais os dois mundos se aproximavam.
Na metade do período compreendido entre os solstícios, no final de março e de setembro, há dois dias nos quais os hemisférios norte e sul recebem a mesma quantidade de luz solar, e dia e noite possuem a mesma duração.
Nestes casos, a inclinação do eixo da terra não está voltada para o Sol, mas forma um ângulo reto com uma linha imaginária Terra-Sol. O Sol está diretamente sobre o Equador. Esses dias são chamados de Equinócios.
A palavra " equinox " significa noite igual.
Povos antigos viam os equinócios, bem como os solstícios, como momentos importantes do ano, entremeios do ciclo anual de estações.
Os equinócios são momentos de equilíbrio e também de tempos de intensa mudança. O nascente e o poente alteram-se rápidamente dia a dia: ao sul, durante o outono, e ao norte, durante a primavera. A maior parte dos povos antigos celebrava o Equinócio de Primavera ou vernal como tempo de nova vida, enquanto o equinócio de outono era, normalmente, um festival comemorativo de colheita.
Heinberg trata os solstícios como eventos essencialmente cósmicos terrestres siginificativos e, ao mesmo tempo, símbolos poderosos dos profundos processos de transformação da psique humana e coletiva.
E prossegue : "No âmago dos antigos festivais de solstícios encontrava-se uma profunda consideração pelos ciclos.
Cada ciclo, seja um dia, um ano, a duração de toda uma vida humana ou a vida de uma cultura, tem um começo, um meio e um fim e é seguido por outro.
A sabedoria consiste em reconhecer o lugar que se deve ocupar em cada ciclo e que tipo de ações (ou restrição de ações) são apropriadas para cada fase.
O que pode ser construtivo em determinada época pode ser destrutivo em outra.
Este tipo de sensibilidade aos ciclos de mudança serviu de base para a antiga filosofia chinesa incorporada no I Ching, O livro das Mutações. Temos, por exemplo, o hexagrama chamado Fu (O retôrno :
O tempo das trevas passou. O Solstício de Inverno traz a vitória da Luz... Após algum tempo de declínio, chega o Retorno. Retorna a Luz Poderosa que tinha sido banida. Existe o movimento, mas este não é induzido pela força... o movimento é natural, origina-se espontaneamente. Por esta razão, a transformação do velho torna-se fácil... Tudo chega por sí mesmo no momento apropriado. Este é o significado da terra e do Céu...O Solstício de Inverno sempre foi celebrado na China como período de repouso do ano...No inverno, a energia da vida...ainda está no subsolo. O movimento está apenas no começo; portanto, precisa ser fortificado pelo repouso para que não se dissipe sendo usado prematuramente...O retorno da saúde após a doença, do entendimento após a estranheza; tudo pecisa ser tratado com ternura e cuidado no princípio para que o retorno leve ao florescimento.
Por intermédio desse fluxo e refluxo de elementos, o poder criativo da natureza é vitalizado e pode ser acessado para fins mágico-espirituais. Segundo R. Grimassi em seu livro " Os Mistérios Wiccanos", equinócio a equinócio, as sementes plantadas no plano astral em um equinócio germinarão após a a passagem de seis meses, manifestando-se no próximo.
O fluxo dos solstícios mantêm o equilíbrio entre a Luz e a Escuridão, forma e força, espírito e matéria, num ciclo rítmico que contribui para a integração saudável dos princípios metafísicos em ação.
Blavatsky, em seu Glossário Teosófico:
"O nascimento de Cristo, coincide com o Solstício de Inverno (Hemisfério Norte) ; a Páscoa ocorre próxima ao Equinócio de Primavera. No Solstício de Verão, celebra-se a Festa do Precursor e são acesas as fogueiras chamadas de Fogos de São João.
As outras festas estão distribuídas metódicamente nas outras partes do ano. É preciso observar que o Solstício de Inverno ocorre 4 dias antes do Natal e o de Verão se dá 4 dias antes da Festa de São João.
O Dia da Páscoa é regulado pelo Equinócio, uma vez que ocorre no domingo seguinte ao plenilúnio de pois do Equinócio de Primavera. É pois, provável que as festas do Natal e de São João sejam muito antigas, e coincidiram primitivamente com os
Solstícios.
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